Manejo Integrado de Pragas auxilia na eficiência das lavouras

Monitorar a área, identificar e tomar decisões são alguns dos principais pontos do manejo integrado

Manter uma lavoura saudável não tem sido tarefa fácil para os produtores brasileiros. É preciso estar atento antes mesmo do plantio, para evitar que pragas e ervas daninhas venham a prejudicar o desenvolvimento das plantas.

Para se produzir mais e com qualidade, a eficiência na produção agrícola está aliada a dois fatores: manejo e genética. São cuidados que vão desde as condições de solo, clima e como utilizar recursos para combater pragas, até as pesquisas de melhoramento genético e tratamentos para variedades mais produtivas e adaptáveis.

Sob esses conceitos, surge o Manejo Integrado de Pragas (MIP), ainda na década de 1960, para otimizar o controle de pragas agrícolas, com a integração de diferentes feromônios ferramentas de controle, como produtos químicos, agentes biológicos (predadores, bactérias, fungos ou vírus), variedades de plantas resistentes a pragas, plantas iscas, dentre outras.

Na Fazenda Jotabasso, por exemplo, os cuidados que integram o MIP iniciam ainda no tratamento de semente, passam pelo plantio e continuam até a colheita.

O MIP envolve vários processos, não seria cuidar só da praga já instalada, mas começar pelo bom manejo de ervas daninha, depois um adequado tratamento de sementes, depois fungicidas e demais produtos que forem necessários. É uma série de processo que começa bem antes do plantio e segue com um monitoramento após a implantação da lavoura, destaca o técnico agrícola e coordenador técnico da Jotabasso na unidade de Rondonópolis, Marthielli Frank Parise.

O Monitoramento –

Há mais de 13 anos na Jotabasso, o coordenador técnico destaca que há uma série de fatores que integram o manejo. Tratar a semente, com inseticidas e fungicidas adequados, e, após o plantio, monitorar diariamente a área plantada, voltando na mesma área a cada três dias buscando o máximo de informações do talhão, verificar se tem a presença de ervas daninha ou pragas, para então pensar a solução para não prejudicar a produtividade e o desenvolvimento da cultura instalada.

Outro instrumento muito eficiente utilizados pelos técnicos da Jotabasso é o pano de batida. É um instrumento simples, mas de extrema importância para o monitoramento a campo, onde é possível identificar as pragas e quantificar. É uma ferramenta muito simples, mas nem todo produtor utiliza na fazenda, afirma Marthielli.

Monitorar a área, identificar e tomar decisões são alguns dos principais pontos do manejo integrado. Por isso, os técnicos aconselham realizar o tratamento o quanto antes para minimizar as perdas otimizando o uso de agrotóxico na lavoura.

O acompanhamento e monitoramento da lavoura desde antes do plantio é fundamental, após com a lavoura já instalada e estabelecida é feito o monitoramento na área para ver se ficou algo para trás. E esse monitoramento segue até a colheita, explica Marthielli.

A Tomada de Decisão –

Depois do levantamento feito e quantificado o percentual de praga é hora de levar as informações para o escritório da empresa onde o grupo de técnicos realiza a tomada de decisões para combater o problema. A partir dessa etapa, nossa equipe define o melhor produto para controle e evitar um dano que poderia prejudicar o desenvolvimento da lavoura. Essa a ação corretiva deve-se ser imediata, destaca Marthielli.

Quando se fala em doenças, a ação preventiva e a melhor opção, pois assim estamos protegendo a lavoura antes mesmo que as doenças se instalam. Cada 15 dias a equipe de profissionais da Jotabasso entra em campo com fungicida, após os 35 dias da cultura implantada na lavoura.

O período que exige maior atenção seria a fase reprodutiva, onde a maioria dos produtores inicia os processos preventivos com fungicida, e nós adotamos um sistema que seria ainda na entrada no processo vegetativo, comenta o técnico.

Na região de Rondonópolis, nos últimos 3 anos, além do percevejo, uma das pragas que tem causado incômodo nas lavouras de soja é o popular torrãozinho, um besouro marrom que se confunde com grãos de terra. O inseto, que tomou uma proporção maior, vem causando alguns danos nos últimos anos na região.

Para combater o torrãozinho, hoje usamos o tratamento de semente adequado, e inseticida, porque ele inicia o ataque muito cedo, após a germinação das plantas, então tem que agir o mais rápido possível, enfatiza Marthielli.

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