Conheça os segredos da Jotabasso para as fases iniciais de crescimento da soja

Aplicação preventiva de fungicida pode ser determinante para combater a incidência de doenças na lavoura

Terminado o plantio, é hora de cuidar da soja e de preparar-se para os tratos iniciais da cultura. Além das necessidades de manejo, também há uma crescente importância das ações preventivas para se obter melhores performances das cultivares. Passando a fase inicial de semeadura, as decisões tomadas a partir de agora podem refletir lá no resultado final da lavoura.

Nas lavouras da Sementes Jotabasso os cuidados com doenças como ferrugem asiática, antracnose e mancha alvo iniciam logo no período vegetativo da planta, como explica o engenheiro agrônomo e responsável técnico pela unidade de Rondonópolis, Winicius Menegaz.

“O nosso planejamento começa com a escolha de uma cultivar mais adaptada e mais responsiva as condições ambientais da nossa área, além disso buscamos sempre materiais com tolerância às doenças mais comuns da região. Após o plantio, acreditamos que o manejo preventivo que acontece no estágio vegetativo da planta é um dos mais importantes, sendo este a chave do sucesso para eficiência dos produtos que faremos nas fases posteriores. Dessa forma atuamos de forma preventiva no fungo e entramos com uma lavoura “vacinada” para suportar o estágio reprodutivo onde a incidência de fungos é maior. Esse manejo preventivo também visa suportar momentos em que o clima possa não contribuir para as aplicações”, explica Menegaz.

O agrônomo, que há mais de seis safras é o responsável técnico da Jotabasso, revela que no planejamento das lavouras da Jotabasso, além da aplicação preventiva de fungicidas, ainda são realizadas mais três ou até quatro aplicações de maneira geral no estágio reprodutivo, dependendo do ciclo do material e das condições climáticas. Essas aplicações acontecem, via de regra, com um intervalo de 15 dias.

“A aplicação sequencial e rotacionada de princípios ativos aliada também a fungicidas protetores por si só não garante a ausência total das doenças na soja. Os produtos que dispomos hoje não possuem controle total do fungo, sendo assim, assegurar a sanidade o máximo de tempo possível é uma meta desafiadora”, afirma Menegaz.

Mas o agrônomo, que também é filho de produtores, lembra que tão importante quanto o estágio das aplicações na planta, são os critérios destas aplicações, e estes são fatores que estão nas mãos dos agricultores.

“A Jotabasso possui regras internas para as aplicações de fungicidas: temperaturas superiores a 30 graus, ventos acima de 10 quilômetros por hora ou baixa umidade relativa, são condições vetadas para aplicação. Nossa equipe é muito rigorosa nesse sentido e levamos muito a sério esses critérios. Não adianta usar um produto com ótima eficiência, mas aplicar de maneira equivocada”, lembra.

Outra dica importante do engenheiro agrônomo da Jotabasso é ficar atento as janelas ideais oferecidas pelo clima. O agrônomo destaca que a agricultura é uma indústria a céu aberto e, por isso, o produtor não pode perder a oportunidade do tempo ideal para a aplicação. É preciso estar no campo, fazer acompanhamento e, tendo uma oportunidade é preciso estar com a equipe pronta e equipamentos adequados para realizar as aplicações.

Chuvas no mês de dezembro podem atrapalhar aplicação de fungicidas 

Outra ferramenta utilizada pela Jotabasso para cuidar da lavoura é o MIP (Manejo Integrado de Pragas), onde uma equipe especializada de campo é treinada para monitorar a lavoura, percorrendo toda a área plantada para detalhar se há ocorrência de pragas, insetos ou doenças. Depois, a informação é levada para equipe técnica que vai analisar e tomar a melhor decisão para atuar nos pontos onde existe maior necessidade de intervenção.

Uma última dica do engenheiro agrônomo da Jotabasso, porém não menos importante, diz respeito a aplicação de fungicida que acontece no mês de dezembro, período que segundo os meteorologistas, deve ser marcado por chuvas acima da média, especialmente em Mato Grosso.

“Essa previsão de um volume intenso de chuvas para dezembro preocupa, pois é neste momento que temos praticamente toda a lavoura em estágio reprodutivo, linhas fechadas, e com alta incidência de fungos no ambiente. Se não for feito o manejo de forma preventiva só nos resta agora atuar de forma curativa, tornando o controle da doença ineficiente. Essa é uma grande preocupação e mais um motivo pela qual nossas aplicações estão todas sendo feitas antecipadamente no estágio V5 da cultura. Sem falar que nos meses chuvosos como dezembro a lavagem foliar do produto é intensa e seu efeito é reduzido, finaliza Menegaz.

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